
O sociólogo dirá que tem a ver com o "jeitinho" brasileiro de se esquivar, de dar um jeito em tudo. O sambista vai falar que é uma nova dança, derivada do pagodão do crioulo doido. Já a Samantha dirá, metendo o bedelho (como sempre), que é justamente do que ela e a mulherada precisam no momento. Dos dois termos.
Primeiro que quanto à minha cintura, só será de boneca quando a "Barbie sedentarismo" estiver no mercado. E segundo, que o jogo em si já tá daquele jeito, né. Tabuleiro furado, peças perdidas.. "O que não pode é perder o rebolado".
Como Carla Perez, sou uma ótima estátua. "Rebolar" só se for por analogia mesmo e é aí que o juiz apita. O rebolado é necessário.
Talvez não aquele da "dançarina". A não ser que seu intuito seja fazer uma confraternização com os companheiros do bar do mané...
Passemos então à versão útil da coisa. Por falar nisso, nenhuma metáfora aqui já foi tão útil. Mexer a cinturinha nunca foi tão proveitoso. Saber fazer isso BEM é que é o importante. E há segredos para tanto remelexo sem cair do salto?
Minhas amigas (momento Oprah Winfrey), o tal segredo existe. Mas quem sabe não o dirá. Faz parte do jogo. Jogo da experiência bem aproveitada, talvez.
Ter jogo de cintura equivale a se dar bem no bombardeio. Sair do labirinto, enfrentar o problema e fazer bonito. É ter criatividade, ser flexível. Somar 2 mais 2 e tirar 5 :)
Ser mulher e fazer bem feito.
Como diz um amigo meu, é ter "malemolência". Não deixar a peteca cair.
Por favor, sejamos garotas espertas. Daquelas que só descem até o chão sob efeito de álcool e ao som de "Boladona". Na vida real? Nem pensar. Desceu um degrau, sobe dois. E faça a barra dessa calça que nenhum contato será permitido.
Sabe fazer um barquinho pra se salvar do tsunami? Sabe ganhar um limão e fazer deles uma limonada suíça? Ganhou dinheiro com a poesia sobre a última desilusão amorosa? Bem vinda ao time, cinturinha. Prepare-se para o próximo bambolê.
É necessário. O mundo (ainda) é machista e nós sabemos.
Nos resta a tal tática, afinal, cintura só nós temos. Fazer direitinho é o mínimo. É a estratégia de aproveitamento das circunstâncias.
Delineia o que você é e o que você pode. Se pode carregar uma cruz pesada de madeira ou só um crucifixo de strass no pescocinho.
Faz tempo que ser mulher não significa só cabelo comprido, saia e batom. Quem quiser mais, vai ter mais. Quem souber mais, vai ser mais, por proporção.
Cabeça erguida, tropeços vencidos e cintura requebrada.
Porque mulher boa não rebola a bunda, mas ganha aplausos do mesmo jeito.

O Perfume - A História de um Assassino (Patrick Süskind), narra a vida de um homem rejeitado pela natureza, que lhe nega o direito de exalar o cheiro característico dos seres humanos; pela mãe, que o abandona à própria sorte junto a restos de peixes; pelas amas-de-leite, em quem não desperta qualquer instinto maternal; e pelas instituições religiosas, que não aceitam a diferença. Quando descobre ser dotado de uma imensa sensibilidade olfativa, parte em busca da essência perfeita, do perfume que lhe falta para atingir o que mais almeja: ser um homem completo e amado. E, para isso, seria preciso usurpar esta essência de vida dos corpos de suas vítimas.
E, por falar em livro, a destabanada aqui abandonou um livro no banco do táxi na sexta-feira. Pelo menos abandonei depois q acabei de ler...O pior é ter q pagar o prejuízo ao dono do livro...humpft...Espero que quem herdou faça bom proveito. "Paula" merece ser lido...e muito bem lido!!!
[Nem toda feiticeira é corcunda,
Nem toda brasileira é bunda.
Meu peito não é de silicone
Sou mais macho que muito homem.]
Namaste