
Era janeiro e, como vocês sabem, janeiro é época de redefinições e de planos que provavelmente serão esquecidos durante o ano.
Eu lembro que estava trabalhando, perdendo praias e me sentindo um ponto branco no meio de uma cidade lotada e feliz. A cidade, não eu.
Era época de tribulações e pressionamento interno pra acerto de algumas coisas. Engraçado o quanto às vezes a gente se força a aceitar algo, ou deixar de lado algum pequeno problema. Problemas são crianças birrentas. Quanto mais ignoradas, mais arte fazem.
Ok, fora minhas tentativas de resolução e "felicidade no amor" (nada fora do comum, aliás), veio aquele momento de apelação para o sobrenatural, com a esperança que todo mundo tem de que muitas coisas se resolvam sozinhas. Estava lá, na revista de janeiro: "horóscopo para o ano de 2007".
Tá bem, agora não riam. Acho que a maioria das mulheres lê horóscopo, pelo menos pra ter uma idéia de como pode ser. Normalmente, não tem nada a ver. Isso se você chega a entender o jogo de palavras ali. Mas deixa eu me centrar.
Estava ali, mês a mês, o que aconteceria. Resolvi brincar então e guardar. E, que a lua em Vênus me perdoe, mas entre os vários meses com aquelas palavras chave (que se encaixariam tanto na vida de alguém como eu ou de um esquimó que mora num iglu), algumas coisas me chamaram a atenção. O mês de abril foi uma delas.
Tá, tudo bem que abril reservava "redefinição de rumos de vida", mas não achei MESMO que seria algo tão louco assim.
Se fosse só o cabelo mais claro, amizades especiais surgidas quase que do nada, o início de um novo curso, a perspectiva de um novo estágio eu até entenderia. Mas não, segundo dia do mês e já tem tanta coisa mudada que eu ás vezes até desisto de pensar nisso tudo e vou dormir.
Vai ver foi porque eu resolvi ajeitar tudo e fazer uma faxina aqui.
Faxinas às vezes significam levantar o tapete e finalmente tirar toda a sujeira guardada lá. É também encarar o fato de que algumas coisas estão bagunçadas e fazer alguma coisa a respeito. Logo eu que estava achando tudo tão normal e até normal demais, comecei a viver no meio
de uma coisa louca.
Estabilidade, pode ser? Daquela que eu procuro há tempos, talvez, sem precisar do cabelo com mechas num castanho claro quase imperceptível pra sentir que algo mudou.
Inclusive, to até com medo do resto do mês. Se continuar seguindo o esquema todo, capaz de eu terminar morando fora daqui, com o cabelo vermelho. (ah, mas isso nem que o horóscopo-cigano-milagroso aconselhe).
Voltando pra faxina, é bom revirar tudo e encontrar coisas importantes que você achava que tinham se perdido. No meio da arrumação toda, de repente você recupera aquela peça que faltava pra montar o quebra-cabeças; aquele que você já tinha até deixado de canto, por nunca
conseguir completar.
E o horóscopo? O horóscopo só avisa, se é que serve pra isso mesmo. De repente serve de alerta, pra você pegar a vassoura, levantar o tapete e fazer a sua "redefinição de rumos de vida", correndo o risco até de - olha só que maravilha - achar uma vida mais linda ainda.

O blog tem me proporcionado o prazer de conhecer pessoas incríveis.
Todos os dias sou surpreendida por novos espaços com textos inteligentes, de pessoas sensíveis e antenadas.

Decididamente, tenho q hospedar meu blog em outro lugar. Não aguento mais esses caracteres indecifráveis. Tenho tb q mudar o lay do blog...criar páginas pra aliviar o peso da página principal (e única no momento).
Agora falta produzir tempo pra fazer essa mudança...humpft...acho q preciso de férias pra colocar em prática tudo q eu tenho na cabeça.

Sabe aqueles dias q vc tem vontade de sair dançando??? E, pior...sair dançando forró?
Pois é...nem sou tão fã assim do estilo. Pra falar a verdade, nem no período das festas juninas eu escuto, mas hoje deu uma coisa...afff...vai entender...
[...e amar até...amar até...
Até quando os dois 'quiser'...]
Namaste