Baiana,
taurina, ascendente em gêmeos, lua em Capricórnio, elemento Terra...
pés nem sempre nela. Guiada por Deus, pelo Anjo Daniel e pelo
coração.
Amo
escrever. Brinco com palavras e pensamentos.
Preguiçosa, mas atualmente acho que dormir é uma enorme perda de
tempo.
Viciada em livros, teatro, música, Itacaré, mar, internet e açai.
Pré-publicitária, me perco em criatividade e imagens.
Vivo em meio a uma família linda e amigos igualmente lindos.
Fazer drama é uma das minhas especialidades. Fazer brigadeiro é
outra.
Tenho borboletas na barriga, que se manifestam a cada minuto...
sensibilidade à flor da pele. Amo borboletas e pessoas
sensíveis. Ignoro pessoas vazias.
Nas
letras... Luís Fernando Veríssimo, Paulo Coelho, Noah Gordon, Arnaldo
Jabor, João Ubaldo.
Na
música...Pearl Jam...Pearl Jam...Pearl Jam, Aerosmith, Nando Reis (meu
poeta), Brian Addams, Duran Duran, U2, Coldplay,
Elton John, Zélia Duncan, Norah Jones, Djavan, Caetano Veloso, Eros
Ramazzotti, Alex Góes.
Deve ter sido esse afastamento fulgaz das notícias a razão por que, ao voltar ao convívio delas, tomei um susto.
Bastaram esses dias para minha perspectiva se apurar, por assim dizer, e eu sentir em cheio a assombrosa desvergonha a que chegaram o Brasil e suas instituições.
Com perdão da má pergunta, que país é este, meu Deus do céu???
Resolvi tomar a liberdade de dizer o que me parece no momento, sem eufemismo ou ressalvazinhas bestas, embora é claro, me arrisque bastante.
Posso ter o meu sigilo bancário aberto - O QUE CERTAMENTE PROVOCARIA FROUXOS DE RISOS NOS BISBILHOTEIROS - , assim como qualquer outro sigilo, pois o governo demonstrou que não merece confiança e é destituído de escrúpulos.
Portanto, nenhum dos nossos dados a que é garantida confidencialidade está seguro.
Ou de repente escarafuncham meu passado e descobrem um contemporâneo capaz de jurar que eu colei numa prova de latim no ginásio e portanto passei fraudulutamente, o que será considerado crime hediondo por algum tribunal desses Executivo, que por aí abundam.
Finalmente, como não empregarei eufemismos, não é impossível que me acusem de calúnia, difamação ou injúria e eu venha a ser condenado pelo que se considerará um ou mais crimes, apesar de que, no meu parecer, se trataria de delito de opinião, figura que não existe, mas que pode perfeitamente ser posta em prática, sob nomes artísticos que lhe emprestem a aparência de legitimidade.
Começo, não sem certo enfado, a dizer o que penso do Executivo, na figura do nosso presidente. Sua conduta me tem transmitido a impressão de que ele é enganador, cara-de-pau, evasivo, fanfarrão, oportunista, ardiloso, demagogo e cínico o suficiente para encarar com desplante todo mundo saber que ele é candidato mas se aproveita de brechas da lei, para fazer campanha as custas do erário e não raro enganosamente. Acho que só é de fato sincero quando se apresenta como o melhor presidente que "este país" já teve, pois o movem as certezas absolutas que a ignorância não costuma suscitar.
O povo é engabelado por cestas e bolsas mil, enquanto as reformas que efetivamente o redimiriam não vêm e tudo indica que não virão.
Tampouco tenho - ADMITO QUE MUITO SUBJETIVAMENTE - boa impressão do caráter de Sua Excelência e da sua propalada fidelidade aos amigos, diante da gana de grudar no poder.
Estendo-me, com igual ou maior enfado, ao Congresso e em particular a Câmara. Fazendo as exceções que com certeza são em menor número do que a gente esperançosamente pensa, na minha opinião o Congresso abriga elevada população de faltos de hombridade, larápios, carreiristas, mentirosos, venais, descarados, aproveitadores e membros da futura escola de samba UNIDOS DO DEBOCHE.
Tal a desfaçatez com que perderam o senso dos limites e da compostura e acham que podem fazer qualquer coisa, inclusive transformar a Câmara em Gafieira. Coberto de privilégios incogitáveis em qualquer país civilizado, os deputados quase não trabalham, mais foram de partido em partido em busca de vantagens pessoais e agora só faltam dizer-nos que comamos brioche ou que os incomodados que se mudem.
Continuarão a desrespeitar e aviltar o pouco que nos deixaram de dignidade e a proragonizar o que poderia ser chamado de Chanchada ou Ópera Bufa, se isto não insultasse essas duas categorias artísticas.
Minha opinião sobre o Judiciário é que o número de Juízes desidiosos ou venais é imenso, o povo não tem confiança na Justiça e ela própria muitas vezes parece não alimentar respeito por si mesma.
Não consigo imaginar um juiz da Suprema Corte americana, que inspirou a criação do nosso Supremo Tribunal Federal, distribuindo entrevistinhas a torto e a direito. Tenho certeza de que estaria ameaçado de impeachment o magistrado da Suprema Corte que fosse cumprimentar um advogado de defesa que ganhou uma causa na qual esse mesmo juiz atuou.
A Suprema Corte é sagrada, como devia ser o nosso Supremo.
A corrupção está em toda parte, da gasolina adulterada ao peso roubado nos produtos embalados, aos remédios falsificados, aos atestados forjados, às instituições de caridade trapaceiras e a tudo mais que nos rodeia, onde sempre suspeitamos da existência de uma mutreta, pois a mutreta é o nosso modus operandi trivial.
Havendo assim expressado com franqueza minhas opiniões, no que julgo ser o exercício de um direito, mais que constitucional, é direito humano basilar ( sou jusnaturalista da velha guarda, colegas bacharéis), estou disposto a enfrentar as conseqüências a porventura advirem do que acabo de escrever.
Se me processarem e prenderem, espero que o dr. Fernando Henrique, que processado está sendo, também acabe preso.
Achei meu diploma em Itaparica e tenho a mesma famosa prerrogativa de cárcere especial. Mas receio que, numa insolita confluência de posições ambos peçamos selas separadas.